ANALISE FINANCEIRA - Junho / 2011

 

BRASIL

Elevação do Rating

A agência Moody's elevou o rating dos bônus do governo brasileiro de Baa3 para Baa2. A perspectiva para o rating do país continua positiva e a agência afirmou em comunicado que há possibilidade de uma nova elevação da classificação nos próximos 12 a 18 meses. Segundo a Moody’s, isto será possível se: 1) o crescimento econômico moderar-se a taxas mais baixas e 2) as autoridades conseguirem cumprir as metas orçamentárias de curto prazo.

A última elevação de rating da agência ao Brasil foi em 22 de setembro de 2009, quando a classificação foi elevada de Ba1 para Baa3 e a perspectiva positiva foi atribuída ao país.

Aumento da SELIC

No início de 2011, já sob o comando de Tombini e com a SELIC a 11,00%, o Comitê de Política Monetária (COPOM) decidiu interromper uma sequência de três manutenções e iniciou o ciclo de alta da taxa. Em junho, o colegiado elevou novamente a taxa básica de juros em 0,25%, para 12,25% ao ano, o que já era esperado pelo mercado. Este foi o quarto aumento consecutivo da SELIC.

EUA

No final do mês, o presidente americano Barack Obama prometeu realizar um acordo com os opositores republicanos para aumentar nível de endividamento do país, atualmente em R$14,3 trilhões. O democrata alertou sobre a necessidade de concluí-lo até 2 de agosto, data em que vencem as primeiras obrigações do governo norte-americano. Se a medida não for aprovada no congresso, as consequências serão graves podendo até culminar em um calote, o que prejudicaria drasticamente a recuperação, já lenta, da economia local e traria uma onda de pessimismo de âmbito mundial. A aprovação não será simples em virtude da oposição republicana ser a maioria na Câmara dos Representantes (porém, é minoria no senado) e esta já deixou claro que para votar à favor do aumento de endividamento vai exigir cortes drásticos no Orçamento Federal americano.

EUROPA

Na Europa, o Parlamento grego aprovou o plano de austeridade fiscal de cinco anos. O pacote de €28,4 bilhões em cortes de gastos e novos impostos é uma condição para a liberação da parcela de €12 bilhões do programa de ajuda de €110 bilhões do ano passado e para a aprovação de uma nova ajuda financeira. No início de julho, o Parlamento votará sobre a legislação para a implementação de cada um dos artigos do plano de austeridade e sobre um plano de privatização de €50 bilhões.

CHINA

O crescimento do PIB chinês desacelerou levemente no primeiro trimestre de 2011, para 9,7o%, em comparação ao trimestre anterior quando cresceu 9,80%. O Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB) projeta um crescimento de 9,60% em 2011 para o PIB do país.

José Roberto Mubarack Filho

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