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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

FOI UM 07 DE SETEMBRO MÁGICO.

O ano era entre 1968 e 1972, era um feriado de 07 de setembro, no campo de um tradicional clube paulista de VARZEA, o Anhanguera, e todo ano nesta data era feito um FESTIVAL, onde os melhores clubes de eram chamados para se enfrentarem durante todo o dia. O jogo de fundo desse dia era VASCO DA CASA VERDE X ANHANGUERA, dois entre os melhores times de São Paulo.
E havia bastante gente aguardando para ver esse jogo de titãs, calculo mais ou menos 1000 pessoas.( o que para jogo de várzea, é um absurdo )
Bem, o jogo começou, e logo aos 15 minutos do primeiro tempo, o VASCO abriu o placar. O time do ANHANGUERA parecia meio assustado com aquele time de afro descendentes, quando aos 30 minutos do primeiro tempo, a mágica tomou conta do local, enfeitiçando todos os presentes. Lançaram a bola na entrada da área para um camarada apelidado de PELÉZÃO, um negro de quase dois metros com a camisa 10, ele matou a bola no peito e deu um chapéu no beque, em seguida deu um outro chapéu no goleiro, só que, quando deu o chapéu no goleiro, ficou de costa para o gol, então ele matou novamente a bola no peito jogando-a para cima e de bicicleta fez o gol.
Todos os presentes de todos os times vibraram com o gol, e o campo foi invadido por todo mundo que lá estava para abraçar o pelézão, e todos simultaneamente batiam palmas. Com isso, e por absoluta falta de condição de continuar o jogo, o juíz terminou o jogo aos 30 minutos do primeiro tempo com a vitória do VASCO DA CASA VERDE, pelo placar de 2 x 0.
O conjunto da obra, ou seja a velocidade, o grau de dificuldade, enfim tudo marcou para mim e para todas testemunhas que lá estavam como o gol mais bonito já visto, uma verdadeira obra de arte presente em minha retina até hoje.
E não havia televisão, nem rádio, muito menos filmadoras presentes. Só pessoas, que vão se lembrar sempre do PELÉZÃO, que nunca mais ouvi falar.

Porque contei essa passagem?
Porque não foi do Pélé, nem de Maradona, muito menos dos Ronaldinhos, o gol mais bonito que ví. Foi de um ilustre desconhecido, para um público extremamente reservado, que o PELÉZÃO fez a sua obra prima.
Assim também em nossas empresas, não temos que ficar esperando do nosso Presidente, nem dos seus Ministros, nem dos Deputados, ou dos gênios de plantão que modifiquem as coisas de modo que nos favoreça. Temos é que dentro das regras como fez o PELÉZÃO, fazer nossas obras primas, com todos os talentos que Deus nos deu, e procurar a cada dia uma vitória, ou pelo menos dar alguns passos em direção a ela.







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